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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Você acha que está preparado para a Educação a Distancia?

Precisamos discutir sobre esta  modalidades de ensino que atualmente está em plena expansão.
Novos paradigmas estão se estabelecendo a respeito deste tema... EaD.
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Como desenvolver afetividade com o aluno de EAD

Coordenador do pólo ABED Maranhão explica dificuldades e dá soluções

É muito mais difícil criar um vínculo afetivo aluno-aluno e alunos-professor numa situação em que cada um faz o curso isolado em seu computador do que quando estão todos juntos em sala de aula, numa convivência presencial. Esse é um dos principais motivos de evasão nos cursos de EAD, segundo Jean Marlos P. Borba, professor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da UEMA (Universidade Estadual do Maranhão), e atual coordenador do pólo da ABED no Maranhão, além de membro do Conselho de ?tica e Qualidade da ABED. No mini-curso que ministrou neste domingo, 9 de abril, o professor levantou os principais problemas na construção de uma relação à distância e sugeriu soluções.
"Atualmente as instituições de EAD se preocupam muito com o suporte tecnológico e a qualidade estética, e pouco com as relações afetivas", argumenta Borba, que atualmente pesquisa a questão da afetividade e do vínculo na Educação a Distância na faculdade de Psicologoia da UFMA. Borba entende como afetividade a maneira como somos afetados interiormente pelas circunstâncias que se produzem à nossa volta. Para ele, muitos alunos acabam não concluindo os cursos porque a relação criada entre eles, os colegas e o professor é meramente mecanicista e cognitiva. "O professor só dá respostas intelectuais, sem demonstrar preocupação em entender o aluno e suas necessidades individuais." Ele lembra que o estudante é um ser não só intelectual, mas afetivo, e que são as emoções que motivam qualquer indivíduo. A solução está em conhecer a história do aluno, ouvi-lo para saber como motivá-lo. ? preciso dar uma aula mais personalisada, para elaborar respostas personalizadas, e não pensando em como a "média" reagiria. "O segredo é interpretar menos e compreender mais", diz.
No mini-curso, Borba explicou que o professor deve estar presente não só na produção de meios e estratégias de comunicação capazes de levar até os alunos as explicações do professor, mas também deve funcionar como intermediador, usar elementos facilitadores do processo educativo, numa aprendizagem significativa. "Assim como na sala de aula, nos cursos a distância tem aquele aluno mais participativo, o mais tímido, o mais ausente. È preciso atuar levando em consideração a personalidade de cada um e, a partir disso, mediar a relação com ele, aluno-aluno, e aluno-material didático-institucional."
Borba sugere algumas dicas para aprimorar a relação de afeto com o aluno:
  • Não seja meramente quantitativo, avalie o aluno qualitativamente. Isto é: não acompanhe só a nota e a freqüência, mas suas dificuldades, o seu desenvolvimento, levando em consideração a sua história. Tenha essas questões anotadas na ficha de descrição de cada aluno.
  • Gaste o seu tempo se auto-avaliando em conjunto com os alunos: estes recursos que estou usando estão funcionando para você? Estão gostando do ritmo e formato da aula?
  • Desde o começo do curso, deixe claro para o aluno a importância dessa relação personalizada.
  • Não prometa o que não consegue cumprir. "Há instituições que prometem atendimento 24 horas, e sabemos que isso é inviável. Estressa o professor e desestimula o aluno que não tem o retorno esperado."
  • Dê retorno nos dias e horários estabelecidos. Uma vez que você descumpre o prometido, o aluno desiste.

PONTOS E CONTRA-PONTOS DO SISTEMA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Este artigo foi escrito por 

               Ivens Messias de Oliveira Pereira

Terapeuta Ocupacional; Membro da Sociedade Brasileira de Terapeutas da Mão; Especialista em Docência do Ensino Superior; Mestrando em Educação.




1. Introdução

Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente. (MORAN, 2002).
Segundo Chaves (1999), Ensino à Distância (EAD), é algo bastante antigo. Nesse sentido fundamental, como vimos, EAD é o ensino que ocorre quando o ensinante e o aprendente (aquele a quem se ensina) estão separados (no tempo ou no espaço). Obviamente, para que possa haver EAD, mesmo nesse sentido fundamental, é necessário que ocorra a intervenção de alguma tecnologia. Ainda segundo o autor, que afirma:
“A primeira tecnologia que permitiu o EAD foi a escrita. A tecnologia tipográfica, posteriormente, ampliou grandemente o alcance de EAD. Mais recentemente, as tecnologias de comunicação e telecomunicações, especialmente em sua versão digital, ampliaram ainda mais o alcance e as possibilidades de EAD. A invenção da escrita possibilitou que as pessoas escrevessem o que antes só podiam dizer e, assim, permitiu o surgimento da primeira forma de EAD: o ensino por correspondência. As epístolas do Novo Testamento (destinadas a comunidades inteiras), que possuem nítido caráter didático, são claros exemplos de EAD. Seu alcance, entretanto, foi relativamente limitado – até que foram transformadas em livros.”
No Brasil, em 10/02/98, o então presidente da república Fernando Henrique Cardoso sanciona o Decreto número 2.494, que regulamenta o Art. 80 do LDB nº 939/96, que diz:
Art. 1º Educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação.
Parágrafo Único - Os cursos ministrados sob a forma de educação a distância serão organizados em regime especial, com flexibilidade de requisitos para admissão, horários e duração, sem prejuízo, quando for o caso, dos objetivos e das diretrizes curriculares fixadas nacionalmente.
Com base nesse decreto, várias instituições adotaram este programa. Segundo Bastos (2010), a geração da EAD digital teve o seu início anos depois, por volta de 1980, com o advento das redes internet e intranet. Desta data em diante, as opiniões contra e a favor do método de ensino à distância começaram a fazer parte do dia a dia da mídia eletrônica mundial. Moran (2002) afirma que há modelos exclusivos de instituições de educação a distância, que só oferecem programas nessa modalidade, como a Open University da Inglaterra ou a Universidade Nacional a Distância da Espanha. A maior parte das instituições que oferece cursos à distância também o faz no ensino presencial. Esse é o modelo atual predominante no Brasil. Ainda segundo o autor, algumas organizações e cursos oferecerão tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora (só visando o lucro, multiplicando o número de alunos com poucos professores). Outras oferecerão cursos de qualidade, integrando tecnologias e propostas pedagógicas inovadoras, com foco na aprendizagem e com um mix de uso de tecnologias: ora com momentos presenciais; ora de ensino on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes); adaptação ao ritmo pessoal; interação grupal; diferentes formas de avaliação, que poderá também ser mais personalizada e a partir de níveis diferenciados de visão pedagógica.

O Ministério da Educação já credenciou mais de 128 instituições de ensino superior que oferecem cursos na modalidade á distância no Brasil. Setenta deles são de graduação e bacharelado e há dezenas de programas de pós-graduação lato sensu. Somente até agosto de 2005, 22 instituições pediram credenciamento para ofertar cursos superiores á distância (ABED, 2005).
O próprio Moran (2011) nos diz que a educação à distância, antes vista como uma modalidade secundária ou especial para situações específicas, destaca-se hoje como um caminho estratégico para realizar mudanças profundas na educação como um todo. É uma opção cada vez mais importante para aprender ao longo da vida, para a formação continuada, para a aceleração profissional, para conciliar estudo e trabalho. As características deste modelo de massa são: Quantidade, escalabilidade, atendimento a muitos ao mesmo tempo, abrangência nacional e internacional, produto interessante para a maioria, bem dimensionado e aceito, preço baixo, fortes ações de captação e marketing.
Em outro artigo de Moran (2011) ele afirma:
“Enquanto a sociedade muda e experimenta desafios mais complexos, o ensino superior presencial e a distância continua, em geral, organizada de forma previsível, repetitiva, burocrática, pouco atraente... A escola é previsível demais, burocrática demais, pouco estimulante para os bons professores e alunos. É absurdo que os cursos continuem centrados quase integralmente na sala de aula e que a educação a distância ainda seja vista com desconfiança, quando não com resistência ativa. Muitas áreas de conhecimento não admitem nem discutir a educação à distância. A educação precisa focar mais, junto com a competência intelectual e a preparação para o sucesso profissional, a construção de pessoas cada vez mais livres, evoluídas, independentes e responsáveis socialmente.”
Entre as tecnologias que o ser humano inventou estão algumas que afetaram profundamente a educação: a fala baseada em conceitos (e não apenas grunhidos ou a fala meramente denotativa), a escrita alfabética, a imprensa (primeiramente de tipo móvel), e, sem dúvida alguma, o conjunto de tecnologias eletro-eletrônicas que a partir do século passado começaram a afetar nossa vida de forma quase revolucionária: telégrafo, telefone, fotografia, cinema, rádio, televisão, vídeo, computador -- hoje todas elas digitalizadas e integradas no computador. Ensinar a distância, porém, é perfeitamente possível e, hoje em dia, ocorre o tempo todo -- como, por exemplo, quando aprendemos através de um livro que foi escrito para nos ensinar alguma coisa, ou assistimos a um filme, a um programa de televisão ou a um vídeo que foram feitos para nos ensinar alguma coisa, etc. A expressão "ensino a distância" faz perfeito sentido aqui porque quem está ensinando -- o "ensinante" -- está "espacialmente distante" (e também distante no tempo) de quem está aprendendo -- o "aprendente". (O termo "distância" foi originalmente cunhado para se referir ao espaço, mas pode igualmente bem ser aproveitado para se referir ao tempo). (CHAVES, 1999).
Hoje temos a educação presencial, semipresencial (parte presencial/parte virtual ou à distância) e educação à distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional. A semipresencial acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação. (MORAN, 2002)
Por fim, vamos neste trabalho, defender os prós e os contras do EAD.


2. Vantagens do EAD.

O ensino convencional é o nível de ensino onde professores e alunos se encontram em local específico, em um horário determinado – Unidade escolar. No EAD, o processo de aprendizagem busca oportunizar ao aluno, um aprendizado independente, auxiliado na maioria das vezes por intermédio das tecnologias. (LARA, 2009).
O que os defensores do uso da tecnologia na educação têm dito em defesa do ensino a distância, é que a tecnologia permite que a distância deixe de ser fator limitante no ensino, pois viabiliza o ensino sem necessidade de contigüidade espaço-temporal, algo de resto totalmente óbvio. O máximo a que os defensores do ensino a distância podem ter chegado a seu entusiasmo é a afirmação de que algumas formas de ensino a distância oferecem vantagens em relação ao ensino presencial, realizado em salas de aula convencionais -- algo que também não é difícil de crer verdadeiro, dada a pobreza da interação que ocorre na maioria das salas de aula, seja em escolas, seja em departamentos de treinamento das empresas e outras instituições. (CHAVES, 1999).
Maciel (2007) afirma que as vantagens da educação à distância, são: Alternativa aos problemas sócio-econômicos da educação; Reforço da aprendizagem continuada; Indução ao autodidatismo e autonomia na aprendizagem; Mais economia.
Chaves (1999) também descreve as vantagens do EAD. Ele afirma que não resta a menor dúvida de que o EAD tem maior alcance do que o ensino presencial. Por mais que se critiquem os Telecursos da Fundação Roberto Marinho/FIESP, não há como duvidar do fato de que eles alcançam muito mais pessoas, com os mesmos investimentos e recursos, do que se fossem ministrados presencialmente. O mesmo se pode dizer (embora em grau ainda menor) em relação a cursos ministrados pela Internet. Em relação ao custo, o autor coloca que esses programas só oferecem uma razão custo/benefício favorável se o seu alcance for realmente significativo (atingindo um público, talvez, na casa dos milhões de pessoas). Fala também da flexibilidade do programa, pois tanto os ensinantes como os aprendentes têm maior flexibilidade para determinar o tempo e o horário que vão dedicar, uns ao ensino, os outros à aprendizagem. Recursos como páginas Web, bancos de dados, correio eletrônico, etc. estão disponíveis 24 horas por dia sete dias por semana, e, por isso, podem ser usados segundo a conveniência do usuário.
Roca (1998, apud CHAVES, 1999), quando fala da de vantagens do EAD, afirma que:
"Na maioria dos profissionais da educação já existe a consciência de que cada pessoa é diferente das outras, que cada uma tem as suas necessidades próprias, seus objetivos pessoais, um estilo cognitivo determinado, que cada pessoa usa as estratégias de aprendizagem que lhe são mais positivas, possui um ritmo de aprendizagem específico, etc. Além disso, quando se trata de estudantes adolescentes ou adultos, é preciso acrescentar novos elementos, como as diferentes disponibilidades horárias, as responsabilidades adquiridas ou o aumento da capacidade de determinação pessoal de necessidades e objetivos. Assim parece óbvio que é preciso adaptar o ensino a todos estes fatores.”
Campos (2000), afirma que sendo um modelo aberto de ensino-aprendizagem, o EAD atende a uma população numerosa, ainda que dispersa geograficamente, oferecendo oportunidades de formação adequadas às exigências atuais daqueles que não puderam iniciar ou concluir sua formação anteriormente. Como modelo flexível, elimina os rígidos requisitos de espaço de tempo e de ritmo comuns no modelo tradicional. Dessa forma, a educação à distância permite uma eficaz combinação de estudo e trabalho, garantindo a permanência do estudante em seu próprio ambiente profissional, cultural e familiar:
“O aluno passa a ser sujeito ativo em sua formação e faz com que o processo de aprendizagem se desenvolva no mesmo ambiente em que se trabalha. Assim, consegue-se uma formação teórico-prática ligada à experiência e em contato direto com a atividade profissional que se deseja aperfeiçoar. O ensino se torna sólido, dinâmico e objetivo. Além do mais, é possível conseguir, através dos recursos de multimídia, alta qualidade de formação, já que os alunos podem ter acesso a materiais instrucionais audiovisuais elaborados pelos melhores especialistas em cada assunto.”
Gutierrez e Prieto (1994, apud RURATO e GOUVEIA, 2004) afirmam que dentre as vantagens do EAD estão à possibilidade de ser divulgado massivamente sem limitação de espaço; Menor custo por estudante; População escolar diversificada; Individualização da aprendizagem; Quantidade sem diminuição da qualidade; Autodisciplina de estudo.
Moran (2011) diz que o EAD favorece a mobilidade de alunos e professores. Alunos podem migrar de uma modalidade para outra sem problemas, podem fazer algumas disciplinas comuns – alunos à distância e presenciais cursando disciplinas comuns. Professores podem participar das duas modalidades e ter maior carga docente. Isso permite maior interoperabilidade de processos, pessoas, de produtos e metodologias, com grande escalabilidade, visibilidade e redução de custos. Os alunos poderão escolher o modelo que mais lhes convier, aprenderão mais e as instituições poderão oferecer um ensino de qualidade, moderno e dinâmico, a um custo competitivo. A escola é previsível demais, burocrática demais, pouco estimulante para os bons professores e alunos e completa:
“A escola é previsível demais, burocrática demais, pouco estimulante para os bons professores e alunos É absurdo que os cursos continuem centrados quase integralmente na sala de aula e que a educação a distância ainda seja vista com desconfiança, quando não com resistência ativa. Muitas áreas de conhecimento não admitem nem discutir a educação a distância. A educação precisa focar mais, junto com a competência intelectual e a preparação para o sucesso profissional, a construção de pessoas cada vez mais livres, evoluídas, independentes e responsáveis socialmente. Aprender exige envolver-se, pesquisar, ir atrás, produzir novas sínteses fruto de descobertas. O modelo de passar conteúdo e cobrar sua devolução é insuficiente.”


3. Desvantagens do EAD

Segundo Moran (2002), Educação a distância não é um "fast-food" em que o aluno se serve de algo pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e as do grupo - de forma presencial e virtual.
Maciel (2007) nos diz que ainda no Brasil, há um preconceito em relação ás novo concepções pedagógicas, leia-se, com auxílio da informática em um contexto moderno, onde informação faz parte do “capital” do ser humano, do seu valor social. O curso de EAD, assim como qualquer outro, precisa verificar a realidade do aluno, é necessário questionar o mesmo, no intuito de saber, o seu grau cognitivo. O curso de EAD, assim como qualquer outro, precisa verificar a realidade do aluno é necessário questionar o mesmo, no intuito de saber, o seu grau cognitivo.
Em 2000, Campos coloca a seguinte questão:
“Os problemas em EAD apontam, principalmente, para os inconvenientes da falta de socialização, da necessidade de conhecimento prévio e da evasão. A falta de socialização refere-se à ausência de comunidades dinâmicas de aprendizagem na Internet, pois praticamente não existem atividades comunitárias e culturais. Mas, no modelo de ensino à distância, a separação física entre alunos e professores é uma característica intrínseca. Perde-se a riqueza da relação educativa, pessoal entre alunos e professor, fazendo com que seja difícil atingir os objetivos no âmbito afetivo e moral, por exemplo. É preciso também considerar a exigência do indivíduo ser letrado o suficiente para que possa compreender os textos e utilizar a Rede. Quanto à evasão, é difícil ainda estabelecer parâmetros, pois muitos alunos tendem a abandonar seus estudos mesmo antes de terem começado!”

Já Rurato e Gouveia (2004) afirmam em relação ao EAD que este é o ensino industrializado, ensino consumista, ensino institucionalizado; ensino autoritário e ensino “massante”. Além de romper o paradigma da tutela do professor, o que pode gerar insegurança ao aprendiz.

Santos, nos afirma que:
“Em nossa opinião, a avaliação em EAD é limitada atualmente conforme o paradigma educacional adotado. Se o objetivo for preparar mão de obra qualificada para o mercado ou aperfeiçoar profissionais já formados, o atual modelo de avaliação é apropriado para verificar esses objetivos. Mas, se o objetivo é a formação de pessoas críticas e conscientes, o modelo atual é limitado, pois fica reduzido a dados quantitativos e a função formativa da avaliação não é empregada. Além disso, é muito difícil, do ponto de vista psicológico, que algum tipo de tecnologia consiga substituir o contato humano no processo educacional entendido como processo de formação da personalidade.”
Uma questão que se deve observar é a questão das avaliações no EAD. Como o processo de ensino-aprendizagem na EAD é mediado por tecnologias, algumas características específicas dessa modalidade devem ser levadas em consideração no momento da avaliação. O fato de professores e alunos estarem separados espacial e/ou temporalmente e a comunicação acontecer através de uma plataforma ou ambiente de aprendizagem a distância são fatores que não devem ser desconsiderados no projeto educativo e avaliativo de um curso. O professor deve lançar mão de uma diversidade de instrumentos avaliativos durante seu trabalho, para coletar o máximo de informações possíveis sobre o aprendizado do aluno a fim de intervir e, se necessário, modificar suas estratégias de ensino. Ao longo do processo educativo, o professor deve dar um retorno constante aos alunos sobre o que foi aprendido e o que precisa ser melhorado, permitindo identificar seus avanços e suas dificuldades e possibilitando uma reorientação de seus caminhos de aprendizagem. (DAVID e Col, 2007).
Como afirma Libâneo (1991, apud DAVID e col., 2002) que defende que o uso da avaliação na ação docente não deve se resumir a uma simples realização de provas e atribuição de notas. Na visão desse autor, a mensuração apenas fornece dados quantitativos que devem ser apreciados qualitativamente. (PILETTI, 1987; HAYDT, 2002, op. cit) afirmam que a avaliação é uma ação pedagógica necessária à qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Logo, deve cumprir três funções didático-pedagógicas: função diagnóstica, função formativa e função somativa.


4. Conclusão

Muito embora tenhamos opiniões á favor e outros contras, o fato é que o Ensino á Distancia, a cada dia cresce no país. A procura também vem crescendo, uma vez que com a tecnologia, é possível alcançar pessoas nos locais mais longínquos pelo nosso continental país.

Os autores (MACIEL, 2002; MORAN, 2011; CHAVES, 1999; LARA, 1999) que são á favor do EAD, em alguns momentos falam com certa descrença quanto a qualidade deste tipo de ensino, mas todos concordam que o EAD facilitou a vida escolar e aprendizagem de pessoas que tinham menos chances concluir o ensino fundamental, médio, superior e até mesmo a pós-graduação.
Os autores que concordam, porém se colocam contra (MORAN, 2011, 2002; FONSECA, 2010; LARA, 2007; CAMPOS, 2000; RURATO e GOUVEIA, 2004;) apontam como desvantagens a evasão, o preconceito, a falta de convívio social, a falta de conseguir um emprego e registro profissional, a descontextualização e a desvalorização do certificado, fatos também levantados pela Associação Brasileira de Estudantes de Ensino a Distância (ABE-EAD), publicado no site G1 O Globo em 03/11/2009.


Leia mais em: http://www.webartigos.com/articles/72060/1/PONTOS-E-CONTRA---PONTOS-DO-SISTEMA-DE-EDUCACAO-A-DISTANCIA-/pagina1.html#ixzz1UptWGlnv

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

JUSTIÇA FEDERAL PROÍBE CAMPANHA CONTRA EAD


Para juiz, comerciais do Conselho de Serviço Social que comparam educação a distância a fast-food “expõem os consumidores deste método ao ridículo, tratando-os como pessoas de pouca inteligência e discernimento” 04/08/2011 Da redação da revista Ache Seu Curso
O Diário Eletrônico da Justiça Federal da 3ª Região publicou em sua edição de 1º de agosto uma decisão do juiz federal Haroldo Nader, da 8ª Vara da Subseção Judiciária em Campinas, em que ele concede liminar contra a campanha “Educação não é fast-food”, movida pelo Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) contra cursos de graduação a distância. A liminar foi pedida pela Associação Nacional de Tutores de Ensino a Distância (Anated).
 Na campanha, divulgada nos endereços do Conselho na internet e formatada de modo a ser divulgada pelos associados nas redes sociais, um balconista de lanchonete fast-food vende produtos como “tutor não assistente social”, “prova virtual” e “estágio sem supervisão” que aparecem, respectivamente, em embalagens de batatas fritas, sanduíche e refrigerante. O objetivo é criticar a qualidade de cursos de graduação em serviço social, ministrados por pelo menos treze universidades, com o devido credenciamento fornecido pelo Ministério da Educação, que educam mais de 60 mil alunos no país. A campanha é composta de um vídeo interativo e um game no qual é possível montar um curso com aqueles ingredientes. No vídeo, o vendedor afirma ao comprador que é possível realizar provas “de casa, consultando a internet”, e que algumas exigências formais podem ser burladas, em frases como “a gente vai dar um jeito de ter supervisor acadêmico pra todo mundo”, ou “fazer um bom estágio significa ser bem orientado, ter um bom supervisor acadêmico, coisa e tal, mas se ele não tiver disponibilidade pra te acompanhar no dia a dia, afinal são muitos alunos matriculados, não se preocupe, mesmo de longe o curso vai dar um jeitinho”. O vídeo não informa qual instituição de ensino venderia esses produtos e coloca um diploma na bandeja, junto com a comida.
 O objetivo do Conselho Federal de Serviço Social, informado em seu site, é acabar com cursos a distância em sua área, que seria incompatível com esse tipo de ensino. Segundo a entidade, os conselhos regionais de serviço social enviaram profissionais a polos de apoio presencial em cursos de instituições de ensino que teriam constatado irregularidades de acordo com os critérios aplicados à educação presencial.
Para a Anated, a campanha não foca a questão do serviço social, mas sim a metodologia de EAD, e objetiva constranger profissionais e alunos que são adeptos da metodologia e trabalham ou estudam em outras áreas por meio dela. A instituição afirma em seu site que a campanha trabalha contra a inclusão educacional promovida pela EAD e, portanto, contra a própria prática do serviço social. 
 Para o juiz federal, as ilustrações da campanha “têm caráter altamente pejorativo ao ensino à distância em serviço social, abusando da simples crítica à qualidade daquele método. E expõem os consumidores deste método ao ridículo, tratando-os como pessoas de pouca inteligência e discernimento”. Além disso, as expressões do ator no vídeo “induzem os telespectadores de que o curso será ministrado de forma antiética”. O juiz determinou que o Conselho recolha o material gráfico distribuído e também os vídeos disponibilizados em internet, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00.
O Ministério da Educação exige, para a concessão de credenciamento para uma instituição que ministre cursos a distância, que as avaliações sejam feitas de forma presencial, e que os polos contenham laboratórios de informática ou outros, quando o curso requer, além de bibliotecas com os conteúdos das disciplinas. O MEC também realiza supervisões constantes em cursos a distância, inclusive em algumas das instituições relacionadas no relatório do Conselho Federal de Assistência Social.
 Matéria publicada no portal www.acheseucurso.com.br.